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Couchsurfing: O que ninguém percebe

A primeira coisa que oiço quando falo em Couchsurfing é “o quê???” e a segunda é “o quê??? Estás louca!”.

Para quem não conhece, o Couchsurfing é uma plataforma onde pessoas do mundo inteiro disponibilizam os seus sofás, chão ou camas para viajantes dormirem. Não existe troca de dinheiro – como no Airbnb por exemplo – o que leva a maior parte das pessoas a pensar que terá certamente que haver outro tipo de trocas. E há. O Couchsurfing é troca de culturas, opiniões, estilos de vida, línguas, comidas… Sim, ainda existem pessoas decentes no mundo 😉

E o que é que se ganha com isto? Muito.

Para os hosts é como uma viagem sem sair de casa. Para os guests é a oportunidade de conhecer uma cidade, uma vila ou uma aldeia pelos olhos de uma pessoa local. Para ambos são novas perspectivas, histórias e experiências.

Uma vez li um artigo que falava do porquê de o Couchsurfing não ser “grátis” e não podia concordar mais: existe um investimento real por ambas as partes. Os hosts despendem do seu tempo, espaço e privacidade. Muitas vezes, para além das suas casas, também abrem a porta às suas dispensas 🙂  Confiam cegamente num estranho que vem do outro lado do mundo, dão-lhe a chave e tentam tornar aquela viagem numa experiência diferente para o guest.

Já para o guest é um investimento de tempo na leitura de perfis, reviews e na escrita de pedidos personalizados para cada potencial host e no fim leva uma lembrança baseada na informação recolhida (pelo menos é o que deve fazer).

Depois disto tudo, não, o Couchsurfing não é um mar de rosas. Já ouvi histórias de casas que são um mar de lixo, cabanas sem água e luz no meio do nada e muitas sobre homens que se tentam aproveitar das mulheres que ficam lá em casa. Contudo, o que quero passar é que essas pessoas não reflectem esta comunidade nem o que a maioria dos couchsurfers stands for.

Para mim, o Couchsurfing é uma forma de conhecer pessoas com as quais nunca me cruzaria na vida se não fosse por esta plataforma. Já tive experiências melhores e piores, mas num balanço geral posso dizer que não me arrependo de nenhuma delas.

Parece interessante? Vê este post para saberes como funciona o Couchsurfing e dicas para não teres uma experiência aterradora 😀

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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