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Austrália

Sydney e o realizar de um sonho

Desde que me lembro que tinha o sonho de viajar até à Austrália. O facto de se situar no outro lado do mundo tornava este destino nalgo um pouco mais intangível e distante. E claro que, quando se pensa na Austrália, pensa-se na Sydney Opera House e na Harbour Bridge. E foi quando vi este cenário, mais do que quando tive na mão o meu bilhete Singapura – Melbourne, que senti o quão especial aquele momento era para mim. Que estava mesmo a realizar o meu sonho e que tinha conseguido viajar até ao outro lado do mundo, sozinha, para ver aquele sítio incrível.

Em Sydney também tive a sorte de ficar com um host 5 estrelas, o Alex, que me tratou como uma convidada de honra. Entre ir-me buscar ao aeroporto, pagar-me o pequeno almoço e fazer-me o jantar, ainda me deu um cartão de transporte deixado por outra Couchsurfer que tinha 55 dólares… Durante dois dias fui, portanto, uma princesa!

Sydney em si é uma cidade super internacional onde toda a gente quer viver e daí os preços ridículos da coisa. Mas é uma cidade incontornável, até com alguma história (coisa dificílima de encontrar na Austrália) e acima de tudo um sítio super agradável para passear. Se contarmos Sydney e os arredores recomendo uns 5 dias para ver tudo. Escrevi um post especial sobre as Blue Mountains porque foi um dos sítios que mais gostei na Austrália e acho que não ir lá é um crime!

1) Sydney Free Walking TourApesar das walking tours na Austrália não terem nada a ver com as europeias (que têm uma qualidade infinitamente superior) continuam a ser uma coisa grátis! Por isso acho que não há mal nenhum em experimentar até porque é sempre uma forma de conhecer os pontos mais relevantes da cidade que depois podes ir visitar por ti. Funcionam todos os dias, de manhã e à tarde.

“Forgotten Songs commemorates the songs of fifty birds once heard in central Sydney, before they were gradually forced out by European settlement.” George St to Pitt St

2) Jardins Botânicos: Mais uma coisa grátis, não é maravilhoso? A melhor parte destes jardins é a vista que oferecem sobre a ponte e Opera House. Também são perfeitos para um longo passeio, longe do barulho e confusão da cidade.

3) Ferry ao lusco fusco: Este foi definitivamente o meu melhor momento em Sydney. A vista do ferry que apanhei para ir para casa enquanto anoitecia. As luzes da cidade, a ponte e a opera iluminadas… Tudo estava perfeito! Se não quiseres ir muito longe, podes simplesmente ir até ao outro lado do rio (ou mar…) com o teu Opal Card e voltar pela ponte ou de ferry novamente.

Lindo, lindo, lindo!!

4) The Rocks e Sydney Harbour: The Rocks é a zona mais histórica de Sydney, onde podes ver um tipo de arquitectura que parece ter mais de 20 anos (!!). Os Australianos não são um povo particularmente feliz ou criativo a dar nomes às coisas e por isso o sítio chama-se “the Rocks” porque tinha pedras grandes… Também era conhecido pelas suas prisões e foi aqui que se fundaram aqueles que são agora os mais antigos pubs de Sydney.

Hoje em dia é um hub turístico e de vez em quando acolhe mercados – o que eu fui tinha coisas giríssimas, mas caras 🙁

É também neste bairro que vais encontrar várias placas que te levam à Sydney Harbour Bridge, de onde podes desfrutar de uma vista privilegiada sobre a cidade. Eu não fiz o caminho todo porque queria continuar na zona, mas é possível atravessar a pé até ao outro lado gratuitamente.


5) Surry Hills: 
Chegámos à minha parte preferida! Fiquei a conhecer esta parte da cidade um bocado por acaso. Quando voltei das Blue Mountains fiquei num hostel nesta zona e quando apanhei o autocarro até Bondi reparei que estava cheia de casas Victorianas por todo o lado. Algumas delas (poucas) em mau estado, mas a maioria renovada, cheia de cafés hipsters e lojas cujos preços nem me atrevi a espreitar. A rua que mais gostei foi a Crow Street, mas em geral é uma área que vale a pena espreitar.

   


6) Artistas de rua:
Em Sydney não é qualquer um que pode ser artista de rua. Não, primeiro têm audições para ver se são alguma coisa de jeito e depois alguém lhes dá uma autorização para actuarem nas ruas. Existem três sítios onde vi artistas particularmente bons: Circular Quay, Hyde Park e na parte de fora do Westfield Shopping Centre, zona onde há uma Zara.

7) Bondi e Costal Walk: Uma das praias mais famosas do mundo! Bondi é tudo aquilo que os filmes e séries prometem: grandes, cheia de surfistas gostosos, helicópteros a patrulhar para ver se há tubarões e uma vista fenomenal. Os preços são ainda mais caros do que o normal por isso aconselho-te a levares comida contigo. A começar em Bondi existe um caminho que percorre a costa até à praia de Coogee. As vistas são fantásticas e podes sempre dar um mergulho a meio para refrescar!

 8) Manly e Coastal Walk: Manly fica a cerca de 30 minutos de Sydney (também podes usar o passe Opal). É uma área que já não parece minimamente uma cidade, tem praia e árvores e mais uma vez, um trilho costeiro! Este por sua vez é bastante maior, tem 10km, e juro que tem uma vista espectacular em dias de não nevoeiro (como o dia em que fui!). Tem só atenção às aranhas nas árvores, é bem possível que dês de caras com uma teia/aranha gigante.


9) Blue Mountains
Aaaaaai as Blue Mountains! Facilmente o meu segundo sítio preferido na Austrália (a seguir à Fraser Island). A cerca de hora e meia de Sydney fica este paraíso maravilho com paisagens deslumbrantes e caminhadas duras, mas que valem bem a pena. É possível fazê-lo como uma day trip a partir de Sydney. Ficam aqui algumas imagens porque o post completo e detalhado está aqui.

 Sydney é verdadeiramente uma cidade incrível. Visita obrigatória pelo menos uma vez na vida!

Dicas rápidas

Transportes: o sistema de transportes em Sydney é fantástico. E também é extraordinariamente caro! Por isso se puderes andam o mais possível e um alojamento relativamente central provavelmente vai poupar-te muito dinheiro. Tem a vantagem de não gastares mais de 15 dólares por dia (quando atingires este valor o sistema não te tira mais dinheiro do cartão). Aos domingos podes fazer as viagens todas que quiseres por 2.5 dólares. Ou seja, podes ir às Blue Mountains e voltar por esse valor.

Os cartões Opal compram-se nas lojas de conveniência, aeroporto e algumas estacões (como a Central Station) e podem ser carregados lá ou em máquinas especificas. O menor carregamento é de 10 dólares. Os bilhetes para o aeroporto é que são um facada! 17 dólares!!!

Alojamento: recomendo mil vezes Couchsurfing. Os australianos foram, até agora, dos melhores hosts que tive e numa cidade tão cara acho que vale mesmo a pena. Se não, posso mais ou menos recomendar o meu hostel Surry Hills Vill. É decente, mas nada de especial. E caríssimo claro. Cerca de 25€ por noite com “diz que é uma espécie de pequeno almoço” incluído.

Comida: peço desculpa ao teu colesterol por esta informação mas o Domino’s é claramente a opção mais barata de alimentação na Austrália: 6 dólares por uma pizza. É isto.
 
Boas mudanças!

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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