Podemos dizer que onde cabe um português cabem logo mais dois ou três. E foi assim que conhecemos a Maria e a Mafalda. Uma das vantagens de se ser um português em viagem é que, quando encontramos outros conterrâneos, tornamo-nos imediatamente melhores amigos. E se houver forma de nos ajudarmos uns aos outros, ajudamos.
Passos para chegarmos à Maria:
- A Mariana (minha companheira de viagem) hospedou o Tiago (um couchsurfer) na casa dela em Christchurch;
- O Tiago já tinha passado em Hamilton (onde vive a Maria) e ficado no sofá dela;
- O Tiago deu-nos o contacto da Maria;
- A Maria disse que SIM, que também podíamos ficar no sofá dela;
- Quando chegámos a casa dela estava a decorrer uma versão caseira do Masterchef Nova Zelândia onde fomos convidadas para ser juradas!
A competição era entre a Maria (PT) e um moço Kiwi (NZ) cujo nome não me recordo. Sopa e Panados contra Bacon com Tâmaras e uma Omelete de cenas! Por muito gourmet que a comida Kiwi parecesse, nada bate uns panados! O prato mais nostálgico de sempre para mim, porque foi a minha avó que mo ensinou a fazer há muitoooos anos.
No fim acabámos com um empate amigável, e com o Kiwi ainda espantadíssimo por a Maria e a Mafalda acolherem na casa delas duas pessoas que nunca tinham visto na vida. “She’s always doing this” dizia ele.
Hamilton é uma cidade muito pequenina para os nossos padrões, contudo é a quarta maior cidade da Nova Zelândia. Não há muito a fazer pelo centro, mas é uma óptima base para visitar os sítios à volta. E esses sim valem muito a pena.
Rotorua, onde a terra vive e respira:
Wai-o-Tapu é um género de parque de diversões criado pela terra. Tirando o cheiro a enxofre que vai contaminar todas as tuas roupas durante horas, tudo o resto é muito giro! Quando cheguei, ainda cedo, tive a sorte de ser a única pessoa no parque e foi um bocadinho estranho. Estava um dia super nublado e à minha volta tudo era fumo, água, ácidos e lama a borbulhar. Podia perfeitamente ser o cenário de um filme de terror.
A minha parte preferida foi o lago principal, famoso pelas suas cores fortes de laranja e verde. Infelizmente o nevoeiro estava tão cerrado que as minhas fotografias não ilustram o quão interessante este lugar é, mas partilho as melhores na mesma e recomendo a 100% uma visita, até porque nunca mais vais ver nada igual.
Nós visitámos o parque quando íamos de Taupo para Hamilton. As distâncias são as seguintes:
Taupo – Wai-o-Tapu: 37 minutos
Rotorua – Wai-o-Tapu: 27 minutos
Hamilton – Wai-o-Tapu: 1 hora 50 minutos
O preço de entrada é de 32.5 NZD
As cores fortes que tornam este lugar numa obra de arte são nada mais nada menos que os seguintes químicos:
Amarelo/verde pálido = enxofre
Vermelho/ Castanho = óxido de ferro
Laranja = antimónio
Preto = enxofre e carvão
Branco = sílica
Roxo = manganésio
Verde = arsénico
Hamurana Springs
Tive a sorte de ler sobre este lugar num blog e quando vi as fotografias sabia que não me podia escapar. A cerca de 20 minutos de carro do centro de Rotorua, encontra-se este pequeno paraíso, com água azul irrealmente límpida e tons de turquesa e esmeralda que parece que te vão levar para um mundo encantado. A caminhada não dura mais de meia hora e podes fazê-la em circuito. Nós começámos pela Redwood Grove, um caminho entre sequóias vermelhas até perder de vista (chegam aos 100 metros).
Já nas nascentes, a maior chama-se Te Puna-a-Hangarua (a fonte de Hangarua) e tem 15 metros de profundidade. Desta nascente, todos os dias sai água suficiente para encher duas piscinas olímpicas! A nascente mais pequena chama-se Dancing Sands Spring.
Explorar estas nascentes foi uma das maiores surpresas que encontrámos na Nova Zelândia e, se as fotos são assim, imagina na realidade!
A segunda parte com direito a Hobbiton e Waitomo aqui!
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