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Nova Zelândia

Viajar na Nova Zelândia: dicas e informações úteis

Um país que desperta paixões um pouco por todo o mundo. Seja pelas suas paisagens ou por ser o cenário do Senhor dos Anéis, cada vez que digo que fui à Nova Zelândia ouço um suspiro seguido de ” sempre quis ir lá”. Não é o destino mais fácil de alcançar e é preciso tempo para se viajar pela Nova Zelândia, mas é possível! Neste post revelo algumas dicas que espero que facilitem a organização da tua viagem.

Como chegar: Ora bem, como chegar ao país mais longe do (nosso) mundo? As minhas dicas são parecidas às da Austrália. Creio que a melhor forma será procurar voos para cidades como Bangkok, Kuala Lumpur ou Singapura e depois low costs a partir desses sítios. Podes também subscrever a Air New Zealand, de vez em quando têm promoções para a Europa e agora a Easy Jet tem um motor de buscar integrado para destinos por todo o mundo. Conta com pelo menos dois dias de viagem.
Eu fui a partir da Austrália com a Jetstar (low cost Australiana) de Sydney para Christchurch (3.5 horas) e gastei cerca de 180€.

Clima: A Nova Zelândia é um país com 4 estações bem vincadas. Simplesmente são ao contrário das nossas. No Verão (Dezembro-Fevereiro) podes esperar uma maior afluência de pessoas e ter de reservar alojamento e actividades com maior antecedência. No Inverno (Junho-Agosto) muitas das caminhadas e estradas vão estar cortadas durante algum tempo, principalmente na Ilha Sul e pontos mais altos. Eu fui em Maio, equivalente ao nosso Novembro, e tive muita sorte com o tempo. Mas se tivesse que recomendar – só para ser mais seguro – recomendava Março/Abril ou Outubro.

Visto: Para cidadãos europeus não é preciso visto. Quando chegas ao controle de passaporte eles dão-te um visto turístico de três meses. No check in da Austrália para a Nova Zelândia pediram-me prova de voo de saída do país. Se não tiveres podes sempre usar a FlyOnward.

Moeda: 1€ – 1.64 NZD. Pagamentos com cartão multibanco são extremamente comuns.

Cartão SIM: O melhor cartão SIM que conheço é o da Warehouse. Podes comprar em qualquer loja e 500 MB custam-te 4 dólares. Os carregamentos podes fazê-los através do site ou aplicação.

Marcação de alojamento: A Nova Zelândia é muito concorrida nos meses de Verão (Novembro a Março) e, se quiseres viajar durante esta altura, aconselho-te a marcar alojamento com antecedência. Principalmente durante o período de férias​ escolares e em zonas como Milford Sound, Abel Tasman e Great Walks – caminhadas de vários dias.

Como viajar

Estas são as três maneiras mais comuns de se viajar na Nova Zelândia: autocaravana, ou como eles chamam, campervan, carro e autocarro. Vou rapidamente destacar as vantagens e desvantagens de cada um e dar links alguns links úteis onde vais encontrar informações mais detalhadas.

Autocaravana: Para mim a escolha mais interessante mas mais cara. Quem tem uma auto-caravana na Nova Zelândia tem tudo. Os veículos Self Contained – com casa de banho – podem quase para e ficar em todo o lado e por isso a parte do alojamento fica tratada. Claro que também andam com uma cozinha e casa de banho “às costas” e isso é um luxo. Na Nova Zelândia existem várias empresas que alugam auto-caravanas (Juicy, Wicked, Escape …) e algumas que funcionam com método de recolocação, ou seja, dão-te uma auto-caravana ou carro gratuitamente mas dia x às horas y tens que a entregar noutro ponto do país. É bom para quem umas férias flexíveis. Se tiveres duas ou três pessoas para partilhar o custo de aluguer de uma auto-caravana acho que é definitivamente uma opção muito interessante.

Carro: O nosso transporte de eleição! Para além da flexibilidade e liberdade que ter o teu próprio meio de transporte te dá, também tem a vantagem de não gastar tanto como uma autocaravana e de ser mais fácil de conduzir. Se, como o nosso, tiver uma parte de trás grande, melhor, serve de cama também! Só podes dormir em parques de campismo com casa de banho, mas sempre é mais barato que um hostel. Muita gente compra carro quando chega à nova Zelândia – em sites como o Backpacker Board ou Trade.me ou grupos de Facebook como o Backpackers New Zealand – e vende nos mesmos sítios quando sai do país. A melhor altura para vender é em Setembro (chegam muitas pessoas ao país) e para comprar em Abril/Maio (muita gente vai embora e precisa de se ver livre dos carros).

Autocarro: A melhor escolha para viajantes independentes com um budget apertado. Existem duas empresas particularmente famosas a operar por toda a Nova Zelândia e dedicadas ao estilo Backpacker: a Naked Bus e a Intercity. A maioria dos viajantes que conheci viajavam na Naked Bus e acho que são os melhores autocarros para conhecer pessoas. A desvantagem é não teres tanta flexibilidade como num carro e estares sempre com alemães à volta, mas é uma das formas mais divertidas de conhecer o país. Não sei se aconselho a comprar um passe para os dias todos, uma vez que existem no Facebook muitos grupos onde pessoas postam boleias (a dividir custos de combustível) e assim tens sempre a opção de conciliar os dois.

À boleia: Só apanhámos boleia uma vez com uns senhores especialistas em pinguins que andavam a ver se havia algum na praia e que gostavam muito de Portugal! Mas a Nova Zelândia é conhecida por ser um dos países mais seguros do mundo para andar à boleia e é muito comum ver pessoas na estrada de dedo para cima!

Conduzir na nova Zelândia: Podes conduzir na Nova Zelândia durante um ano com a tua carta de condução durante 12 meses.

Possums: Estes bichinhos cujas entranhas costumas ver coladas ao asfalto são uma praga na Nova Zelândia e uma espécie de ódio nacional. À noite são muito assustadores e costumam estar à beira da estrada com uns olhos vermelhos brilhantes qual criatura de Satanás! Mas a ideia é: se eles te passarem à frente não te assustes. Não​ são uma espécie protegida e como disse uma senhora ” até podes ter salvado a vida a um kiwi”. Não digo que precises de fazer um esforço para lhes passares por cima, mas se acontecer pensa que estás a contribuir para o objectivo da Nova Zelândia de ser possum free até 2020!

Parques de campismo na NZ: Para encontrares parques de campismo a melhor opção é usares a aplicação Rankers. Mostra os preços, localização, horário, serviços e condições. É uma ajuda preciosa!

Salvation Army Stores: Quando cheguei à Nova Zelândia não tinha quase roupa de Inverno. Como o budget era curto e só precisava de roupa para um mês fomos a lojas de segunda mão e encontrei tudo: roupa polar, botas de caminhada, roupa de desporto, etc. Não gastei mais de 70 dólares. Para o saco cama, fogões de campismo ou outro tipo de equipamento aconselho a procurares em grupos de Facebook. Muitas pessoas que vão embora vendem ou dão o seu material de campismo aqui.

Supermercados: O supermercado mais barato da Nova Zelândia chama-se PAK’n’SAVE. Todas as cidades maiores costumam ter um e é lá que te aconselho a fazer as grandes compras de comida. Sempre que quiseres comprar álcool tens que apresentar um documento de identificação (passaporte é melhor) que mostre que tens mais de 18 anos. O mesmo se aplica aos bares, pubs e discotecas.

Água: Podes beber água da torneira na Nova Zelândia. Os parques de campismo dizem se a água que têm é potável ou não. Aconselho andares sempre com um garrafão no carro.

Budget: O meu foi de 1400€ num mês.

Itinerário: apesar de não parecer um país muito grande demora-se algum tempo a atravessar a Nova Zelândia. As estradas muitas vezes só têm uma faixa, auto-estradas são um conceito ainda desconhecido e a velocidade máxima é de 100 km/h. Principalmente na ilha Sul existem muitos altos e baixos e curvas e contra curvas, por isso contabiliza esta informação quando tiveres a fazer as tuas contas

Itinerário de 1 mês na Nova Zelândia

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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