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Filipinas

Será Palawan a melhor ilha do mundo? Port Barton (3/3)

Este é o meu cantinho secreto nas Filipinas. Um lugar que a maioria das pessoas não sabe que existe. Muito sinceramente nem eu sabia bem o que havia de esperar de Port Barton. Tinha lido que era um sítio bastante pequeno e simples, um dos lugares mais remotos de Palawan, e isso motivou-me a ir descobri-lo.

White Beach

O Jimmy alinhou em vir comigo e depois de uma viagem de três horas numa van conduzida por um senhor que achava que estava numa corrida de fórmula 1, em que milagrosamente consegui dormir, chegámos a Port Barton.

Mandaram-nos para o registo (encontra-se na paragem de autocarros) para pagar a típica taxa ambiental. Quando de lá saímos, uma senhora muito fofinha veio ter connosco a perguntar se já tínhamos alojamento. Normalmente tenho algumas reticências em confiar nas pessoas que vêm “caçar” os turistas, mas decidimos que dar uma espreitadela não ia magoar ninguém.

Ficámos logo apaixonados pela cabaninha que ela nos mostrou. Tinha uma mini cozinha, casa de banho, quarto e ventoinha. Era perfeita! E custava 6€ a cada por noite. Recomendo a 100% a Nellies Inn.

Por esta altura já sabíamos que em Port Barton só há electricidade das 6 da tarde à meia-noite e fomos aproveitar as últimas horas de sol para a praia. Rapidamente percebemos que Port Barton é pouco mais do que duas ou três ruas com algumas casas, restaurantes, e galos empoleirados que são treinados para lutas.

Na praia, muito mais calma e limpa que El Nido, encontrámos alguns barzinhos onde os poucos viajantes que havia se encontravam para socializar. Não acho que seja o lugar ideal para viajar a solo. É raro encontrar pessoas que não sejam casais ou grupos de amigos.

Mas para nós, não podíamos ter encontrado um lugar melhor.

No dia seguinte queríamos fazer uma tour. Fomos até à praia e perguntámos alguns preços. Aqui já não existem tours A, B ou C. Os capitães simplesmente escolhem os melhores sítios ali à volta e levam-te até eles. O custo, felizmente, também é muito mais baixo que nos outros sítios: 700 php pelo dia inteiro.

A melhor coisa sobre Port Barton: existem dois ou três barcos de tours em vez de 30! Durante este dia parámos em três sítios de snorkeling diferentes e todos foram brilhantes com direito a tartarugas e estrelas-do-mar gigantes. Aqui encontrámos todas aquelas paisagens “picture perfect”. Tal como em Coron, o facto de termos os sítios quase só para nós tornaram a experiência muito melhor.

 

Seguindo a recomendação de uns amigos do Jimmy, no nosso último dia fomos até à White Beach. Ele queria alugar uma mota, mas eu disse que era na boa irmos a pé. Asneira!! Tivemos que andar mais de uma hora, com um clima mega húmido e quente e cada vez que parecia que estávamos a chegar, NÃO ESTÁVAMOS!

Eventualmente lá a encontrámos, pagámos mais uma taxa e deparámo-nos com uma praia onde não se avistava vivalma! Por isso aproveitámos o dia sem fazer nenhum e passámos horas entre as camas de baloiço e banhos.

Por fim, nessa noite voltámos à praia para beber uns copos; entenda-se rum: a actividade número um em Port Barton. Quando já íamos no quarto, supostamente o último, fui ao bar e perguntaram-me de onde era. Quando respondi “Portugal”, em vez de um olhar confuso, os rapazes começaram a gritar “MÓNICA, MÓNICA!” e passados uns segundos lá veio a Mónica, uma tuga que estava a viver ali com o namorado filipino.

Claro que passámos o resto da noite à conversa com o grupo de amigos dela e (in)felizmente o namorado dela trabalhava no bar e ia fazendo refill dos nossos copos com 90% rum, 10% coca cola. Digamos que a manhã seguinte não foi uma das mais felizes da minha vida, mas ao menos a noite foi memorável, tanto quanto possível depois de litros de rum.

Por isso, se estás à procura de um sítio completamente desligado do mundo para relaxar durante alguns dias, Port Barton é o teu destino <3

Dicas rápidas

Transporte: Port Barton é facilmente alcançável a partir de El Nido ou Puerto Princesa. São mais ou menos três horas para cada lado de van. Podes comprar bilhetes nas várias barraquinhas que anunciam a sua venda.

Mergulho: Conhecemos o dono do Aquaolics num bar – não sei se o nome indica algo mais… – e a escola está super bem qualificada no Trip Advisor. Parece-me o sítio ideal para aprender a fazer mergulho uma vez que tens o oceano só para ti!

Alojamento: Nós estávamos em modo poupança total e por isso 6€ por noite pareceu-nos o sítio ideal. Mas Port Barton tem vários hotéis que têm cabines mesmo em cima da praia e não devem ser assim tão caros… se estás à procura de um sítio para conhecer pessoas, aconselho-te a perguntar no sítio do registo por um hostel, eles têm um mapa com todos os alojamentos da zona.

Bares: O Hangout Beach Bar tem um bom caril de frango e uma boa happy hour. O Native’bo Bar é um bar de reggae, às vezes com música ao vivo e com o tal rum barato!

Restaurante: íamos todos os dias, a todas as horas ao Gaycan, um restaurante onde a paella dá à vontade para duas pessoas! Também têm wifi gratuita e um gerador: só vantagens!

Gaycan <3

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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