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Japão

Kyoto e Arashiyama: uma bolha de tradição e cultura

Kyoto é uma infinidade de templos, de jardins e de bairros antigos que funcionam numa harmonia perfeita e tornam esta cidade numa das mais interessantes que já visitei. Depois de andar a saltitar de cidade em cidade, quis ficar 4 dias em Kyoto para absorver tudo o tem para oferecer. E acabei por apanhar o Festival Gion Matsuri, o mais importante do país.

Depois de muitos quilómetros andados e suados (sim, que o Japão em Julho é só para malucos!) aqui estão os sítios que tornam Kyoto numa das cidades mais incríveis no mundo!

Templos, templos, templos!

Kinkaku-ji, o templo dourado

Primeiro: vai cedo! (ou tarde). Este é o templo mais famoso de Kyoto e a área visitável não é assim tão grande, por isso turistas brotam por todos os lados empunhando selfie sticks. Mas de qualquer forma é um dos lugares mais especiais da cidade e não o deves perder por nada.

Preço: 400 yen

Kiyomizudera

Sobe, sobe, sobe, não vira e vais encontrar o templo Kiyomizudera. Para além de ser um dos mais celebrados do país, também oferece uma vista privilegiada sobre a cidade. Até 2020 o telhado vai estar em construção, mas vale a pena visitar mesmo assim!

Preço: 400 yen

Fushimi Inari-taisha

Milhares de “torii gates” formam caminhos labirínticos até ao topo de uma colina. Neste dia saí do hostel às 6 e tal da manhã para tentar evitar o calor e fui mais ou menos bem-sucedida. Pelo menos, das grandes multidões consegui fugir. Apesar de não ser o lugar mais impressionante de Kyoto, este shrine é único e merece ser explorado com tempo. Também dá umas fotos bem jeitosas!

Preço: Grátis

Otagi Nenbutsu-ji (Arashiyama)

Depois de uma caminhada de meia hora (desde a estação de comboios), meio escondido pelas árvores, encontra-se o templo mais curioso que vi no Japão. 1200 estátuas únicas, que representam os discípulos de Buda, observam-te com olhares de surpresa, tristeza, raiva, felicidade e todas as emoções possíveis no espectro de emoções. Por ser tão longe este templo é muito raramente visitado, por isso tens o sítio todo quase só para ti!

Preço: 300 yen

Gio-ji Temple (Arashiyama)

Para mim, este templo é mais um jardim. Rodeado por uma camada bem espeça de musgo, este pequeno refúgio parece saído de um livro de conto de fadas.

Preço: 300 yen

Jardins

Ryoan-ji

Lembro-me de há muito tempo ter visto um documentário sobre este jardim, que destacava o seu jardim de pedras cuja disposição deveria trazer um momento de paz e contemplação aos seus visitantes. Mais um cantinho especial em Kyoto!

Preço: 500 yen

Arashiyama Bamboo Grove

Um jardim de bamboo à semelhança do de Kamakura, mas com uma área muito maior e mais turística. Ir bem cedo é o truque para escapar às multidões e tirar as fotos perfeitas!

Preço: Grátis

Os bairros antigos

Gion

Acho que passei por Gion quase todos os dias. Foi esta zona que me fez ficar apaixonada por Kyoto. As casas tradicionais, a arquitectura dos templos, as cores… neste bairro tudo combina na perfeição. Durante o dia é uma zona bastante turística, mas ao pôr-do-sol ou noite está quase deserto e a atmosfera é fantástica.

Yasaka

Saga Toriimoto (Arashiyama)

Denominada de “rua preservada” as casas que ladeiam esta rua representam o estilo de arquitectura do período Meji e são maioritariamente utilizadas para propósitos turísticos. Uma pequena máquina do tempo!

Festival Gion Matsuri

Por coincidência visitei Kyoto na altura do festival mais importante do Japão: o festival que celebra o templo Yasaka. Milhares (milhões?!) de pessoas saem à rua vestidas nos seus quimonos em jeito de procissão para admirarem os carros gigantescos de 25 metros de altura e 12 toneladas que iluminam as ruas sobrelotadas. Oportunidade perfeita para explorar várias “street foods” e a cultura japonesa.

Dicas rápidas:

Transportes: Os autocarros e o metro funcionam muito bem em Kyoto. Os autocarros têm um bilhete diário que custa 520 Yen. Podes comprar nos autocarros, onde se entra pela parte de trás e sai-se pela frente (onde se paga).

Alojamento: Por ter marcado muito em cima da hora não consegui marcar o K’s House que seria a minha recomendação. Acabei por ficar na Kyoto Guesthouse Latern – não é mau, mas não é nada de especial.

Comida: Comida e bebida são uma parte essencial da cultura japonesa e em Kyoto ir a um restaurante de Izakaya faz parte da rotina. Izakaya é um género de tapas. Pequenos pratos japoneses (normalmente dumplings ou tempura) acompanhados de muita cerveja ou sake. Normalmente estes lugares não são particularmente baratos, mas os meus amigos descobriram o Suiba, um bar de Izakaya com preços super simpáticos com o pequeno inconveniente de ser ao balcão.

Ruas como Kiya-machi dori ou outras perto do rio Kama estão cheias de bares e restaurantes que prometem uma noite de diversão!

Existe muito mais para visitar em Kyoto, provavelmente precisarias de um mês para ver todos os jardins, palácios, mercados museus e de uma vida inteira para ver todos os templos. Mas não se deixes intimidar, estas é uma das cidades mais interessantes que vais visitar.

 

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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