lições de viagem
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10 Lições aprendidas em 6 meses de viagem

Viajar não seria viajar se não aprendêssemos alguma coisa. E por muito cliché que pareça, há muito que é posto em perspectiva, há erros que não tinhas definitivamente planeado e vais conhecer as pessoas mais incríveis da tua vida, que passados dois dias vão estar no outro lado do mundo. Isto é o que eu aprendi a viajar sozinha:

1.  O mundo é um lugar melhor do que parece

Pode parecer um pensamento muito ingénuo, mas quando viajas e não vês notícias parece que o mundo é o lugar mais maravilhoso que se pode imaginar. As pessoas são simpáticas em todo o lado, ajudam-te, sorriem… e é por isso que quando as me dizem que é perigoso viajar sou sempre a primeira a contestar. Para manter a segurança na “estrada” tem os mesmos cuidados que tens em casa, fala com as pessoas que vivem nos sítios por onde vais passar e tens tudo para te safares!

2. Um sorriso é a tua melhor arma

É muito provável que nalguns países seja difícil de comunicar com os locais. Mas para além de ser sempre uma boa ideia aprender as palavras básicas de uma língua, também vais conseguir muito mais simpatia e ajuda por parte dos habitantes locais se sorrires. Por isso, mostra esses dentes!

3. Não marques tudo antecipadamente

Eu tenho a mania de marcar e planear tudo ao detalhe antes de viajar. Mas passadas duas semanas já tinha percebido que não tinha sido a melhor ideia. Queria ficar mais tempo nalguns sítios e não podia por já ter marcado voos ou alojamento no próximo destino. Por isso, a minha recomendação é que tenhas um itinerário planeado, mas que também tenhas a flexibilidade de o adaptar às circunstâncias.

4. O teu banco é o teu pior inimigo

Sabes quando estás anos a poupar dinheiro e depois o teu banco fica com 10% por causa de comissões de levantamento, taxas de câmbio e essas coisas todas fantásticas?! Se não viajares durante muito tempo aconselho-te a levar uma quantidade razoável em euros e trocar no destino (nunca no aeroporto), mas se viajares durante muito tempo pode ser boa ideia arranjar um Pre Paid Travel Card como o Skrill ou Revolut. Se soubesse destas opções antes tinha certamente arranjado um destes cartões.

5. Viajar sozinha/o devia ser a definição de liberdade

As decisões são todas tuas, não há explicações a dar e portanto não há maior liberdade que esta. Também implica uma maior responsabilidade porque tens que planear tudo por ti, mas acordar às horas que queres, ver Nextflix quando queres e ler horas a fio sem ninguém te chatear… há melhor coisa que isto?

6. Vais conhecer demasiadas pessoas

Os viajantes a solo atraem-se. Nalguns países somos uma espécie rara, noutros somos uma maioria. Mas viajar sozinho/a torna-te muito mais independente e começas a dizer “sim” a quase tudo. Vai chegar a um ponto que já conheceste tanta gente que às vezes até evitas algumas pessoas com medo de teres de contar a tua vida toda novamente. Uma coisa é certa, vai ser raro estares só por tua conta.

7. Podcasts são a melhor invenção de sempre

Pela frente tens viagens de autocarro, comboio e avião que duram dezenas de horas. Tens caminhadas onde vais sofrer muito e ter uma distracção ajuda muito. Como tal, ouvir podcasts vai ser a tua salvação.

Os meus preferidos e que me ajudaram a passar as horas intermináveis são:

Maluco Beleza
Sem Barbas na Língua
Mata Bicho
Governo Sombra

Podes fazer download de todos em aplicações como iTunes ou PodcastAddict.

8. Certifica-te que sabes mesmo quando é que é o teu voo

Isto parece ser daquelas lições mesmo básicas, mas não é. Depois de já ter voado dezenas de vezes, quase ia perdendo um dos meus voos porque estava marcado para a uma da manhã e eu pensei que seria na noite desse dia e não na madrugada. Lá percebi a tempo, mas tive que comprar um novo voo de ligação para apanhar este que quase ia à vida. Por isso, certifica-te sempre!

9. As prioridades redefinem-se

Há coisas que damos por garantidas a nossa vida inteira e que desaparecem completamente quando viajamos para países mais pobres do que os nossos. Água quente? Esquece; Casas de banho sem baratas? Esquece; Electricidade a toda a hora? Esquece; Wifi? Esquece… Rapidamente percebi que a vida que tenho em Portugal é um luxo e um privilégio e que bem posso estar agradecida por isso. Por outro lado, o ser humano adapta-se muito rapidamente às circunstâncias, por isso nunca me senti particularmente desconfortável.

10. A tua vida numa mala

Bens materiais deixam de fazer sentido. Quando consegues pôr tudo o que precisas numa mochila de 50 litros percebes que consegues viver com muito pouco. Moda, maquilhagem, secadores não interessam nada. Biquinis + Chinelas + Calções e Top está feito!

E tu, o que é que aprendeste com as tuas viagens?

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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