Duas cidades já estão, faltam mais duas.
Talvez seja bom explicar porque é que o título destes posts está em três línguas. Porque graças a Mim que falo Português, Espanhol e Francês! Já me tinha esquecido que para viajar nestes países dá jeito falar a língua deles já que ninguém parece querer fazer um grande esforço para falar inglês.
<Desabafo: over>
Nîmes, a Romana
Alors, Nîmes é uma cidade muito pequenina, mas tem um centro muito charmoso e alguns monumentos históricos importantes que valem a pena ver. Logo a seguir à estação de comboios está a Arena de Nîmes, um anfiteatro romano onde ainda hoje se realizam touradas. Um pouco mais à frente vais encontrar a Maison Carrée, um templo romano do ano 19 AC.
Fui aos Les Halles tomar o pequeno-almoço, comparado com o de Lyon é muito pequenino, mas os croissants recomendam-se! Depois respirei fundo e subi até à Torre Magne, situada no ponto mais alto da cidade. Também construída pelos romanos, costumava ser utilizada como torre de vigia, depois passou a ser um género de torre de comunicações e agora é um lugar para os turistas verem as vistas.
Ao descer passei pelos Jardins de la Fontaine, onde a maioria das pessoas vai correr e fazer exercício. O resto do tempo passei-o a laurear a pevide pelos bairros antigos de Nîmes, que são encantadores, e ainda consegui ver mais um monumento romano: a Porta Auguste.
Para almoçar posso recomendar a Boulangerie Croquants Villaret que tem umas das melhores sandes do mundo!
Sur le Point D’Avignon
Depois de mais de 30 horas a usar a mesma roupa o que eu queria mesmo era tomar um banho. Assim que cheguei ao Pop Hostel (um dos melhores hostels em que já estive a nível de instalações) corri para o duche, troquei de roupa, carreguei as baterias todas – incluindo as minhas – e fui dar uma voltinha para conhecer a cidade.
Não tinha intenções de visitar nada em concreto, mas acabei por comprar o bilhete combinado do Palais des Papes (Palácio dos Papas) e Pont D’Avignon na dita ponte. Tive sorte porque já era relativamente tarde, não havia muita gente e pude aproveitar as vistas e a ponte em paz enquanto o sol se punha.
Na manhã do dia seguinte comecei então por ir ao Palais des Papes, o marco mais importante de Avignon e o maior palácio gótico da Europa. Para mim, esta foi a grande surpresa da viagem, não tanto pelo sítio em si, mas pela forma como a visita está estruturada. À entrada dão-te um tablet e uns phones e vais ouvindo a história do Palácio, mas na maioria das salas tens ainda uns medalhões dourados que funcionam como um QR code e ao fazeres o scan, passas a ver a sala onde estás como ela era em 1371. É uma utilização de realidade aumentada genial e que torna a visita muito mais especial e memorável.
Mesmo ao lado do Palácio está o Jardim Rocher des Doms que tem uma vista óptima sobre ambos os lados da cidade. Para além de te recomendar a “perderes-te” no centro de Avignon e explorar todos os seus recantos tenho ainda mais três sugestões a fazer: A Basílica Saint-Pierre, com um altar majestoso; o mercado Les Halles, com uma imensidão de queijos, boulangeries e todas as coisas boas desta vida, e a histórica Rue des Teinturiers.
Se tiveres a possibilidade de alugar um carro aconselho-te a ires à Pont du Gard. Fica mais ou menos à mesma distância de Nîmes e Avignon e é um dos ex-libris da zona. Também existem 3 autocarros públicos por dia, mas infelizmente as horas não eram as melhores. Podes encontrar mais informações aqui.
E pronto, hoje finalmente embarquei num autocarro com destino a Milão. 9 horas depois já não falta tudo para chegar.
PS: Para quem me disse “então mas assim vais gastar mais dinheiro do que se fores de avião…” no total gastei 268€. Not bad! 😉
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