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City Breaks,  Suíça

Basileia: levei a minha turma a passear

A minha turma do mestrado é um espectáculo. Somos 28 pessoas de 15 países diferentes e por nos termos mudado para um país onde não conhecemos ninguém e onde não falamos grande coisa da língua tornámo-nos bastante próximos.

Perto da altura do Natal, começou-se a falar que tínhamos que fazer uma viagem, e como há poucos dias tinha lido sobre os mercados de Natal da Basileia, achei que seria uma boa aposta. Para além disso, a maioria deles nunca tinha ido à Suíça e bastaram duas ou três fotos no Google para os convencer.

Autocarros e hostel marcados, íamos a uma sexta e voltávamos a um domingo. Ainda falei com uma amiga minha portuguesa, a Ana, que vive em Londres e com quem me costumo encontrar nesta altura (2015 foi em Londres, 2016 em Lyon) ela também se juntou à festa!

Uma escolha pouco óbvia

Capitais europeias já as visitei quase a todas e cada vez mais gosto de me surpreender com cidades pequenas e desconhecidas que por vezes têm muito para oferecer e são, no geral, pouco turísticas. No caso da Basileia, para além dos mercados de Natal mais perfeitinhos que já vi, das ruas imaculadas e de um centro histórico extremamente bem preservado ainda tem uma quantidade absurda de museus e uma arquitectura moderna que parece completamente aleatória, mas que funciona!

E afinal, o que é que há mesmo para ver na Basileia? Ora aqui vai!

Centro Histórico

Começando no nosso hostel, ao caminhar para o centro, tínhamos que passar pela estação de comboios.  Construída ainda no século XIX,  aqui podes encontrar vários cafés, lojas de chocolates e até um supermercado. Quando tudo fecha aos domingos, são as estações que te salvam!

A zona de Altstadt é a mais pitoresca da cidade. Certifica-te que exploras todos os cantinhos, todas as ruelas estreitas, a St. Alban Tor e especialmente as casas perto do Basler Papiermühle, o museu do papel com um moinho que remonta ao ano de 1453.

Depois, o Basel Munster, a catedral da cidade. Apesar de não ser particularmente interessante por dentro, podes subir ao topo (5€) das suas torres e ver quão bonita é a arquitectura dos edifícios mais antigos.

A maior e mais importante praça de Basel é onde se encontra o City Hall, um dos edifícios mais relevantes e artísticos da cidade. Tem um mercado diário, e “muito” movimento, o que em Basel se traduz nalgum movimento.

Por fim, a Spalentor que parece uma torre com uma porta que te vai levar directamente a um reino encantado de fadas e duendes. Os bairros à volta desta porta também são muito giros e antigos.

No verão os Basilenses (não sei como se chamam as pessoas de lá!) nadam e tomam banho no rio. Há umas partes nas margens, na zona de Altstadlt a que eles se atrevem a chamar de praias!

Arquitectura Moderna e Museus

Depois de uma grande dose de tradição, faltava descobrir a zona mais moderna e contemporânea da cidade. O Messe Basel é um centro de eventos e espectáculos e todo o seu exterior é incrível. Enquanto passeávamos também descobrimos o Warteck Bier, uma antiga fábrica de cerveja que foi recuperada um bocadinho ao estilo da Lx Factory. Decidimos subir até ao topo e pelos vistos crashamos um almoço particular, mas ao menos vimos a vista!


Basel também é muito conhecida pelos seus museus que infelizmente não tivemos tempo de visitar. Aqui vão alguns exemplos: Museum Der Kulturen, Foundation Beyeler Museum, BANK BIS, General Trade School, Kunstmuseum Basel.

Mercados de Natal

A razão que nos levou à Basileia! O meu mercado preferido é o junto ao Munster (catedral). É relativamente pequenino, mas é tão perfeitinho! As canecas, as decorações, as luzes e a comida! A comida é tão boa!! Desde umas espetadas gigantes de carne, tipo kebab mas com qualidade ao apple strudel e vinho quente tudo é delicioso.

Nos mercados de Natal, na primeira vez tens que pagar uma caneca e o vinho. Depois ficas com a caneca e vais enchendo nos vários sítios que vendem o gluehwein.

O maior mercado fica na Barfüsserplatz que também tem imensas decorações e atracções, mas que na minha opinião é um pouco confuso de mais. Os mercados só aceitam dinheiro (francos suíços).


Um jardim para passear

Por fim, uma sugestão um bocadinho diferente: um passeio no Jardim Merian. É grande, com lagos e tudo, e tem uma zona que até parece uma mini quinta pedagógica com cabrinhas, ovelhas, coelhos e hortas. É um sítio relaxado, para quem quiser respirar um bocadinho de ar puro.

E assim se passaram os nossos dias em Basel, uma cidade encantadora com muito para dar, nem que seja numa escapadinha de fim-de-semana!

Dicas rápidas

Transportes: Se ficares hospedado/a num hotel, hostel ou alojamento turístico em geral, tens direito a um passe gratuito para os transportes da cidade para todos os dias em que lá ficares.

Alojamento: Ficámos num hostel chamado YMCA Generation que, apesar de caro (claro) tem óptimas condições e cozinha. Também fica muito perto da estação de comboios e autocarros.

Alimentação: O truque para sobreviver na Suíça sem entrar em banca rota é ir sempre ao supermercado para todas as refeições. A qualidade dos produtos é excelente e não são assim tão caros!

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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