Contam-se maravilhas de Roma, Veneza e Verona. Florença anda nas bocas do mundo. A pizza de Nápoles é um símbolo internacional. Mas ninguém fala da Puglia. Esta região, que se designa geograficamente como o “tacão da bota” de Itália, é um poço de surpresas.
Aqui encontra-se uma Itália sonolenta e vagarosa. Os dias são mais longos na Puglia, com tempo para saborear cada focaccia, panzerote e fatia de pizza. Em fins de Março as praças ainda estão vazias e pelas ruas só caminham os habitantes locais.
Apesar da chuva, do vento e do frio que passámos a Puglia conquistou-me. Cada uma das suas vilas tem um carácter único. A beleza dos centros históricos contrasta com a arquitectura desordenada das cidades que se foram desenvolvendo em seu redor.
Em dois dias fizemos muitos quilómetros, talvez até de mais. Vimos muito, mas também deixámos muito por ver. O São Pedro não esteve do nosso lado e quis deixar-nos com vontade de lá voltar. E conseguiu!
Mas para ti, que com certeza vais ter quatro ou cinco dias para explorar a Puglia como deve ser, aqui vão os lugares que não vais querer perder:
Bari
A capital da Puglia foi a nossa base para ver esta região. Bari tem o seu charme. Quase só a conseguimos ver de noite, mas uma coisa é certa, comemos que nem uns reis logo na primeira noite no restaurante La Uascezze onde nos serviram, prato após prato, delicias puglieses até já não sabermos onde enfiar mais comida.
Polignano a Mare
Conhecida pela sua baía de águas cristalinas, Polignano a Mare não estava numa de nos dar descanso! O vento e chuva fustigaram-nos, mas não nos detiveram de explorar rapidamente o seu poético centro histórico, onde frases filosóficas decoravam cada cantinho da vila.
Alberobello
Talvez a mais turística de todas as vilas da Puglia. Em Alberobello encontram-se muitas trulli, casas tradicionais com telhados em forma de cone que, todas juntas, tornam o cenário muito pitoresco.
Locorotondo
As suas casas imaculadamente brancas, as ruas desertas num dia de chuva e os vasos de flores cuidadosamente arranjados fazem de Locorotondo uma das mais bonitas vilas que visitámos.
Ostuni
Quando chegámos a Ostuni, conhecida como “cidade branca” a tempestade tinha atingido o seu auge. As ruas eram rios, o vento destruía-nos os chapéus e não se avistava vivalma nas ruas. Conseguimos descobrir um restaurante muito simpático e tradicional para almoçar, mas fotografias nem vê-las.
Lecce
Finalmente, no dia seguinte, o sol tinha aparecido e começámos por visitar Lecce. A arquitectura, a sua palete de cores quente e ruas que convidam a muitos disparos fotográficos fazem de Lecce uma das cidades mais interessantes da Puglia.
Gallipoli
O centro histórico de Gallipoli está localizado numa península. As ruas estavam desertas às 3 da tarde, mas eventualmente lá descobrimos o povo de toda a vila dentro da igreja (estávamos perto da Páscoa). É uma vila com um centro fofinho, que merece uma paragem se estiveres ali perto. Para mim, tudo o que seja à beira mar merece um saltinho 🙂
Estes já não são na Puglia, mas são vizinhos:
Matera
Matera foi uma das minhas paragens preferidas nesta roadtrip. É completamente diferente de tudo. Com um centro histórico todo feito de casas de pedra, ruas estreitas e escadas e mais escadas é impossível não ficar embasbacado com esta cidade. Paragem obrigatória!
Castelmezzano
Demorámos a lá chegar, mas valeu a pena! Descobri Castelmezzano num blog de viagens e foi uma grande surpresa. Estávamos já no fim de Março e quando lá chegámos estava tudo debaixo da neve. . A maioria dos carros quase nem se viam!! Parecia uma aldeia saída de um conto de fadas… Diz lá que não é digna de um postal?
Últimas sugestões para as quais já não tivemos tempo: Martina Franca e Otranto
Com vontade de rumar até à Puglia? Eu mal posso esperar por lá voltar!
Ci vediamo presto, Puglia
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