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Islândia

Entre os Westfjords e o Norte, ganhou o Norte

Às vezes os nossos planos de viagem levam uma reviravolta e, quase sempre, para melhor. No nosso caso, tínhamos em mente que iriamos passar um dia a passear pelos Westfjords até chegarmos ao lugar onde se vêem papagaios-do-mar (puffins) no seu habitat natural. Problema? Eram quase quatro horas a conduzir sem paragens, só para lá chegar, o que significava mais de oitos horas de condução no mínimo. Oito horas para ver uns passarocos que nem sabemos se lá estão! Parecia demasiado esforço para o retorno.

A outra opção, que nos surgiu no dia anterior ao olhar para o mapa, seria fazer parte do norte da Islândia, até à Godafoss, a cascata dos Deuses. Pelo caminho, pararíamos pelos lugares que nos apetecesse. O tempo ao volante não seria muito diferente, mas ao menos tínhamos mais garantias que ia valer a pena.

No norteda Islândia nada me surpreendeu mais do que a beleza (e o vazio) das estradas. Nem é preciso quase sair do carro para ver lugares de cortar a respiração! E os cavalos… tantos cavalos!

Pelo caminho, foi isto que vimos:

Kolugljúfur Canyon

Cheguei a este desfiladeiro a queixar-me que estava demasiado sol para tirar fotografias decentes. Depois de me deixar destas choraminguisses ridículas, fomos explorar o desfiladeiro com uma pequena caminhada.

A melhor memória que tenho deste lugar quase desconhecido é a cor a água, que nalgumas partes é quase verde, algo que é muito fora do comum na Islândia!

Glaumbær

Continuando na onda do “pouco comum”, aqui vai uma paragem cultural! Como já ficou bem claro, 99% do que há para ver na Islândia é natureza e é por isso que Glaumbær é uma paragem tão atractiva e diferente.

Glaumbær é uma quinta com casinhas tradicionais que mais parecem ser o lar de gnomos do que humanos. Os telhados de relva são o que as torna tão adoráveis e com uma história que remonta aos anos 800 este é um lugar a não perder na Islândia.

Akureyri

Akureyri é uma das maiores cidades da Islândia o que quer dizer que tem semáforos, uma rua principal e dois ou três supermercados. Também é o lugar mais perigoso de toda a Islândia. Esquece os vulcões e os glaciares, em Akureyri podes morrer num acidente de automóvel a qualquer momento já que todos os condutores parecem ser loucos!

Esta “cidade” fez-me lembrar um bocadinho Queenstown na Nova Zelândia, que também está rodeada de montanhas lindíssimas e um lago (neste caso um fiorde) que vai até ao mar.

Goðafoss

O nosso objectivo do dia estava cumprido: tínhamos chegado à magnífica Godafoss. Até então não tínhamos visto uma cascata “a sério” na Islândia. Por “a sério” entenda-se uma quantidade de água a passar à nossa beira com um poder avassalador.

Aqui, a água já não era verde, era de uma azul glaciar parecido ao dos olhos do “Night King” da Guerra dos Tronos. Com 5 ou 6 camadas de roupa em cima, aproximamo-nos o mais que podíamos dá água e por ali ficámos a admirar aquela força da natureza.

Infelizmente estava na altura de começar o regresso até ao nosso Airbnb quentinho em Búðardalur. Claro que também na volta fomos parando para a fotografia ocasional, é impossível não o fazer! É TUDO TÃO LINDO!

PS: se tiveres tempo, pára em Hvitserkur

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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