Austrália

Blue Mountains: um paraíso inesperado mesmo ao virar da esquina

Quando comecei a pesquisar sobre as Blue Mountains, parecia que a única solução era fazer uma visita guiada com uma tour. Com preços a começar nos 90 dólares. Ora, como isso não me agradava particularmente, procurei mais um bocadinho e percebi que afinal é possível fazer tudo de transportes públicos e a pé. É simplesmente um pouco mais cansativo, mas muito mais interessante.

Sydney Central – Katoomba

Katoomba é a vila mais perto do início das principais caminhadas das Blue Mountains. Esta vila fica a cerca e hora e meia de comboio a partir de Sydney e podes usar o teu Opal card para lá chegar. O custo são 8 dólares por uma viagem.

De Katoomba até ao começo do parque natural são 30 minutos a pé. Também existem autocarros a fazer esse trajecto, mas muito sinceramente a caminhada faz-se perfeitamente. Já no parque natural, tens várias opções, uma vez que existem muitos percursos para todos os gostos.

Nós começámos a caminhar pelas 10 da manhã e acabámos pelas 17. Havia três treks que queríamos fazer: Three Sisters, Prince Henry Cliff Walk e o Katoomba Falls Circuit. As Three Sisters são o ponto mais perto da estrada que liga Katoomba às Blue Mountains, mas como são o centro dos três trilhos, decidimos começar pelas waterfalls (à direita), depois fazer a caminhada até às Three Sisters/ Echo Point e finalmente continuar pela Prince Henry Walk, o percurso mais longo e que vai até Leura.

Katoomba Falls Circuit
 

Este percurso levou-nos pela floresta tropical das Blue Mountains. Verde, muito verde(!), fetos, cascatas e um ambiente digno de parque jurássico são os ingredientes principais. É um circuito, por isso começas e acabas no mesmo sítio. Nós não fizemos até ao fim porque é tudo a subir ou a descer, com muitas centenas de escadas! No total são 1.5 km que demoram 1 hora e 45 e nós fizemos só cerca de uma hora.




Echo Point e Three Sisters

Das Katoomba Falls seguimos as plaquinhas até ao Echo Point, o miradouro principal sobre as Three Sisters. Esta parte da caminhada é muito fácil e oferece vistas espectaculares. Demora uns 30 minutos no máximo até chegares ao ponto mais famoso das Blue Mountains. O Echo Point tem restaurantes, casas de banho (as únicas que vais encontrar) e por isso é um bom sítio para recarregar baterias e descansar.

Daqui, existe um trek de meia hora até às Three Sisters em si, que é onde vais ver mais pessoas. Todas as tours largam os turistas no Echo Point e o tempo que têm para explorar dedicam-no a fazer esta pequena caminhada. Dificuldade: zero!

Irish Sisters!

Prince Henry Cliff Walk

Este percurso começa no Echo Point e vai até Leura, sendo assim o mais longo e desafiante. São 7 km com dezenas de miradouros incríveis e mais cascatas lindas. Um dos meus preferidos é o Bridal Veil lookout. Uma vez em Leura, já não vale a pena voltar a Katoomba para apanhar o comboio de volta para Sydney, podes fazê-lo directamente desta vila. Nada como uma caminhada até à estação para acabar bem o dia!

 

Fizemos grande parte da caminhada sem ver ninguém. Apesar das Blue Mountains serem muito turísticas, a maioria das pessoas fica-se pelas Three Sisters e acaba por não ver o resto das Blue Mountains.

Para os mais aventureiros, existem percursos até 42 km com subidas que são quase escalada! O site bluemts.com.au tem informação sobre todos os treks, sendo que para algumas caminhadas é preciso registar o nome e é possível levar um localizador pessoal, não vá alguma coisa dar para o torto.E pronto, é fácil não é? As Blue Mountains foram definitivamente um dos pontos altos da minha viagem à Austrália, por isso recomendo (muito!!) que visites.

Dicas rápidas

Alojamento: eu decidi pernoitar em Katoomba e fiquei no<a; background-color: Blue Mountains Backpackers que achei terrível. Mas os hostels australianos são na sua generalidade terríveis por isso não sei se encontrarás algo muito melhor. Se decidires ficar alojado/a nas Blue Mountains aconselho-te a pesquisar se será numa época de férias ou feriados, porque é um destino muito popular para os australianos nessas alturas e a oferta esgota depressa.

Alfacinha germinada e cultivada num cantinho à beira mar plantado, a Inês tem uma certa inquietação que não a deixa ficar muito tempo tempo no mesmo sítio. Fez Erasmus em Paris, trabalhou em Istambul e em Portugal, fez um mestrado em Creative Advertising em Milão e agora trabalha no Reino Unido. Viajar, criatividade, cozinhar, dançar e ler são algumas das suas paixões. A combinação de algumas delas deu origem a este blog, o Mudanças Constantes. Bem-vindos!

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